Diante da divulgação de informações falsas nas redes sociais digitais sobre a vacinação de crianças, a Frente pela Vida vem a público se manifestar em repúdio ao movimento antivacina e alertar sobre os riscos a que a população brasileira se expõe ao não vacinar seus filhos contra a Covid-19.
Esclarecemos que as vacinas anti-Covid-19 aprovadas pela ANVISA, a Pfizer para as idades de 5 a 11 anos e a Coronavac para as idades de 6 a 11 anos, são seguras e comprovadamente evitam hospitalizações e óbitos.
A pandemia de Covid-19 ainda não terminou no Brasil. A variante Ômicron, por ser altamente transmissível, se alastrou por todo o país e tem levado a uma quantidade grande de pessoas, inclusive crianças a evoluírem mal quando infectadas. No entanto, o risco de apresentar a forma grave da doença é muito mais elevado entre os que não foram vacinados ou entre aqueles que fizeram apenas uma dose da vacina. Por esta razão é necessário que toda a população esteja com a vacinação completa o mais rapidamente possível.
O que vem sendo propagado por médicos negacionistas e antivacinas, de que o risco de efeitos adversos das vacinas é alto para crianças e adolescentes, não é verdadeiro. São raros os casos de efeitos adversos e na sua maioria são eventos leves que não levam a hospitalizações, a problemas de longo prazo ou a óbito. Alertamos, porém, que o risco de complicações da Covid-19 entre crianças e adolescentes não deve ser menosprezado. A experiência de vários países que iniciaram há mais tempo a vacinação nesta faixa etária, mostra que as hospitalizações, em consequência da doença, foram mais comuns entre as crianças não vacinadas.
É preciso ampliar e agilizar a vacinação de crianças e adolescentes. Segundo os dados do Consórcio de Veículos de Imprensa, até a presente data, apenas 30,8% das crianças de 5 a 11 anos tomaram a primeira dose da vacina e a cobertura vacinal em crianças é bastante desigual em todo o país: o estado de São Paulo já atingiu 60% das crianças vacinadas e o Rio de Janeiro 58,3%, o que indica que em outros locais a cobertura é bem inferior.
Cabe ao Ministério da Saúde garantir a distribuição a todos os estados de vacinas na quantidade suficiente para toda a população, incluindo a faixa etária de 5 a 11 anos. Deve ainda promover intensa campanha de comunicação, como sempre ocorreu no Programa Nacional de Imunizações do SUS, estimulando os pais a aderirem à vacinação de seus filhos.
Enquanto houver pessoas não vacinadas, é grande o risco do vírus SARS-CoV-2 se propagar e de surgirem novas variantes. O acesso à vacina é um direito de todas e todos e corresponde a um recurso indispensável ao adequado enfrentamento da pandemia de Covid-19.
A Frente pela Vida reitera seu repúdio a profissionais de saúde que têm se aproveitado da credibilidade que sua profissão lhes dá perante a população e que, fazendo uso antiético desse prestígio profissional, disseminam irresponsavelmente informações sem qualquer base científica, com objetivo de desestimular a vacinação de crianças.
Rio de Janeiro, 16 de fevereiro de 2022
Fonte: Frente Pela Vida
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