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Trabalho, Justiça e Vida são lemas no Dia das Mobilizações do Grito dos Excluídos Continental

  • comunicacao4012
  • 14 de out.
  • 3 min de leitura

12 de outubro marca o Dia da Resistência dos Povos da América Latina e do Caribe


BRASIL DE FATO - 13 de outubro de 2025 - Porto Alegre (RS) - Luciane Udovic Bassegio


Neste 12 de outubro de 2025, o Grito dos Excluídos e Excluídas Continental volta a ecoar nas ruas, praças e fronteiras da América Latina e do Caribe, convocando povos, comunidades e movimentos a reafirmarem o compromisso com a vida, a justiça e a dignidade dos povos.

A data marca o Dia da Resistência dos Povos da América Latina e do Caribe, lembrando que em 12 de outubro de 1492 as Américas não foram descobertas, mas invadidas — pois os povos originários já habitavam, cuidavam e celebravam a Casa Comum muito antes da chegada dos colonizadores.

Com o lema “Por Trabalho, Justiça e Vida!”, o Grito mobiliza centenas de organizações sociais em 15 países, articuladas em torno da defesa da Casa Comum, da soberania dos povos e da paz com justiça social e ambiental.

Pronunciamento Político 2025: Migrações, Direitos Humanos e Ambientais

O documento lançado para este 12 de outubro de 2025 traz um forte alerta sobre a escalada global de violências, autoritarismo, racismo e xenofobia, e reafirma um princípio que é central à nossa luta: nenhum ser humano é ilegal.

O Grito denuncia as migrações forçadas geradas pela crise climática, pelo agronegócio predatório, pelas guerras e pelas injustiças estruturais do sistema neoliberal. Expõe a hipocrisia dos países do Norte Global, que historicamente causaram o aquecimento do planeta e agora erguem muros contra os povos empobrecidos do Sul.

O pronunciamento também manifesta solidariedade ao povo palestino, vítima de um genocídio brutal, exigindo paz com justiça, fim das ocupações imperialistas e reparação histórica. Reivindica uma cidadania universal, o direito de migrar e permanecer, e o reconhecimento dos 3 T do Papa Francisco — Terra, Teto e Trabalho — como fundamentos da dignidade humana.

Entre suas principais propostas e desafios, o documento destaca:

  • Todos os direitos para todas as pessoas migrantes e povos do mundo;

  • Defesa da Casa Comum e justiça ambiental para todos e todas;

  • Transição ecológica justa e soberania dos territórios;

  • Paz e desmilitarização, com autodeterminação dos povos.

Um chamado à mobilização continental

O Grito não é um evento — é um processo permanente de articulação popular, que une fé, arte e política em um mesmo horizonte de esperança.Com tambores, faixas, grafites e teatro de rua, o Grito transforma dor em esperança e denúncia em solidariedade. É o eco das vozes silenciadas que se fazem ouvir, com ousadia e mística, nas ruas de todo o continente.

Neste 12 de outubro, chamamos cada movimento, cada comunidade e cada rede a levantar sua voz:

Porque a vida vale mais do que o lucro.Porque os povos valem mais do que os impérios.Porque a Terra é de todos.

Gritamos para despertar.Gritamos para denunciar.Gritamos para transformar.

Quem somos: o Grito dos Excluídos e Excluídas Continental

O Grito dos Excluídos e Excluídas nasceu no Brasil em 1995, inspirado pela 2ª Semana Social Brasileira e pela Campanha da Fraternidade daquele ano, sendo posteriormente assumido pela CNBB como parte do projeto Rumo ao Milênio. Em 1999, rompeu fronteiras e passou a ecoar em 15 países da América Latina e do Caribe, com lançamento simbólico em Nova York, ao lado de nomes como Adolfo Pérez Esquivel, Monsenhor Federico Pagura, Frei Betto, Gilmar Mauro e Luiz Bassegio.

Desde então, o Grito articula movimentos populares, pastorais sociais e comunidades de base, animando a resistência e a construção de alternativas populares diante das múltiplas formas de exclusão.


Nossos valores

  • Justiça Socioambiental – acesso equitativo aos bens comuns e à vida digna;

  • Democracia Radical – protagonismo das vozes historicamente excluídas;

  • Justiça Econômica – pelo bem viver e redistribuição justa de recursos;

  • Transparência e Integridade – ética e corresponsabilidade nas decisões;

  • Diversidade e Inclusão – contra toda forma de opressão.

Em 2025, celebramos 25 anos de caminhada continental reafirmando: Por Trabalho, Justiça e Vida!


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